Ao longo dos
anos a língua portuguesa tem sofrido muitas alterações. Em 1990 surgiu um
novo Acordo Ortográfico[1], devido à chegada de termos
de origem greco-latina para designar os avanços tecnológicos da época e termos
técnicos em inglês, mas foi apenas em 1995, que Portugal aprovou oficialmente o
documento de 1990. Contudo as alterações continuaram e em 2004, surgiu um
Segundo acordo. Apenas em janeiro de 2010, o novo Acordo Ortográfico entrou em
vigor em Portugal, havendo uma fase de transição que irá até 2016, data em que
será obrigatório.
As mudanças
ortográficas compreendem casos de supressão de consoantes mudas, eliminação de
acentos gráficos, reformulação do uso do hífen, alteração no emprego da inicial
maiúscula e a introdução de novas letras no alfabeto.
Existem muitas
pessoas que estão contra o novo acordo ortográfico. Muitas consideram que o
mesmo não respeita a origem nem a evolução natural da Língua
Portuguesa. Acreditam que esta mudança criará muito caos no nosso
país, na medida em que na fase de mudança existem muitas produções escritas que
não respeitam nem um nem o outro, ou apenas os aplicam parcialmente, seguindo
modelos e regras erradas que não respondem a qualquer norma.
Apesar de
muitas pessoas estarem descontentes com estas mudanças, têm que as aceitar mais
cedo ou mais tarde. Este processo é algo natural e não há razão para não
acontecer.
“ O tempo
altera todas as coisas; não há razão para que a língua escape a esta lei
universal.” (Saussure)[2]
Saussure tinha
toda a razão quando proferiu estas palavras, o tempo é um agente que modifica o
universo, a língua é só mais uma dessas mudanças. Com a população, a tecnologia
e outros elementos a nosso redor a evoluir cada vez mais, a linguagem não pode
ficar para trás, tem que acompanhar essa evolução.