sábado, 23 de novembro de 2013

Novo acordo ortográfico


Ao longo dos anos a língua portuguesa tem sofrido muitas alterações. Em 1990 surgiu um novo Acordo Ortográfico[1], devido à chegada de termos de origem greco-latina para designar os avanços tecnológicos da época e termos técnicos em inglês, mas foi apenas em 1995, que Portugal aprovou oficialmente o documento de 1990. Contudo as alterações continuaram e em 2004, surgiu um Segundo acordo. Apenas em janeiro de 2010, o novo Acordo Ortográfico entrou em vigor em Portugal, havendo uma fase de transição que irá até 2016, data em que será obrigatório.
As mudanças ortográficas compreendem casos de supressão de consoantes mudas, eliminação de acentos gráficos, reformulação do uso do hífen, alteração no emprego da inicial maiúscula e a introdução de novas letras no alfabeto.
Existem muitas pessoas que estão contra o novo acordo ortográfico. Muitas consideram que o mesmo não respeita a origem nem a evolução natural da Língua Portuguesa. Acreditam que esta mudança criará muito caos no nosso país, na medida em que na fase de mudança existem muitas produções escritas que não respeitam nem um nem o outro, ou apenas os aplicam parcialmente, seguindo modelos e regras erradas que não respondem a qualquer norma.
Apesar de muitas pessoas estarem descontentes com estas mudanças, têm que as aceitar mais cedo ou mais tarde. Este processo é algo natural e não há razão para não acontecer.
“ O tempo altera todas as coisas; não há razão para que a língua escape a esta lei universal.” (Saussure)[2]
Saussure tinha toda a razão quando proferiu estas palavras, o tempo é um agente que modifica o universo, a língua é só mais uma dessas mudanças. Com a população, a tecnologia e outros elementos a nosso redor a evoluir cada vez mais, a linguagem não pode ficar para trás, tem que acompanhar essa evolução.   





[1] O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa é o diploma que regula e pretende unificar a ortografia da língua portuguesa.


[2] Ferdinand De Saussure, pág.138, Curso de Linguística Geral. Lisboa: Dom Quixote

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