sábado, 23 de novembro de 2013

Indústria Cultural - Marvel

A Marvel, conhecem? Obviamente que me surpreendia se alguém desconhece-se. Com uns impressionantes noventa anos de existência esta industria é o perfeito exemplo da Industria Cultural. 
Inicialmente na forma de histórias em quadradinhos publicadas em jornais e revistas, ganharam rapidamente popularidade. Nesse momento foi percebido os potenciais como um meio de informação e manipulação dos climas sociopolítico e da sociedade em geral. Sob o controlo da ideologia capitalista, esta arte foi então utilizada como um instrumento de alienação, no qual a sociedade e o indivíduo não só idolatram, mas também identificam-se nestes heróis. Personagens fictícias cuja bravura e heroísmo de proteger a nação, persuadem o indivíduo que nela se insere a partilhar duma ideologia generalizada, neste caso capitalista. 

Mais tarde dá-se uma passagem destas histórias para o cinema. Como filmes, as histórias aos quadradinhos existem não só como expressão artística e social, mas também como uma parte fundamental de um mercado de consumo. As personagens ganham vida para além da ilustração e do papel, que por sua vez abrem novos meios ao seu consumo. O indivíduo alienado, que desde o início identificou-se com esta arte e com o seu conteúdo, vê-la progredir para novos meios de expressão e segue-a, contribuindo cegamente para o seu crescente consumo. 

Revê-se então aqui os problemas que a lógica dominante capitalista trouxe a cultura, mais especificamente na apropriação dos meios artísticos, que outrora funcionavam como um veiculo de critica e emancipação, e que actualmente na era da reprodutibilidade técnica, perde a sua autenticidade para uma lógica de massificação de consumo.