terça-feira, 26 de novembro de 2013

Escapismo da Cultura de Massas

Fala-se em cultura de Massas, em indústria cultural como retrato do século. A tal fuga do quotidiano, que a indústria cultural promete em todos os ramos. Mas a verdade é que está tudo sob o poder desta cultura, e sem a qual o indivíduo não permanecerá. Ora vejamos, acontecimentos actuais em torno da nossa vivência quotidiana;

«Os raptos em Moçambique e a situação sócio-económica do País.»

"Numa altura em que crescem as pressões internas sobre o governo moçambicano por causa da vaga de raptos, Moçambique e Portugal vão analisar acções de cooperação no combate ao flagelo que nas últimas semanas entrou numa espiral descontrolada. O clima de instabilidade está a repercutir-se nos negócios. A CTA, a maior confederação patronal de Moçambique, alerta para "uma grave crise económica" por causa da tensão militar com a Renamo e a vaga de raptos, que já levou vários empresários a abandonarem o país."  (Correio da manhã, 9 Novembro 2013)

Um pouco por todo o Mundo, o poder das grandes Massas intensifica-se e os flagelos que de uma maneira ou de outra são causas sucessivas das grandes estruturas sócio-económicas, reflectem o Escapismo dessas fortes Massificações. Deriva da atitude dessas grandes estruturas, a "Falsa libertação", que exercem sobre si próprias, originando discrepância em países que são pouco auto-sustentáveis. O exemplo acima referido, é talvez o mais actual e dos países que melhor caracteriza esta desigualdade de massas, não só  por ser um país de extensos recursos naturais, onde a principal fonte económica é agricultura. Mas também, pelos baixos índices de desenvolvimento humano e a expectativa de vida ser uma das mais reduzidas a nível mundial.

Numa cultura onde a "diversão é estar de acordo"... então o que haverá de mudar ?
Não existe desconforto ? Estaremos assim tão refugiados e impotentes ao que está em frente dos nossos olhos? Ou será que nos é conveniente atitude egocêntrica ?
"Se divertir significa: não ter que pensar nisso, esquecer o sofrimento até mesmo onde ele é mostrado. A impotência é a sua própria base. É na verdade uma fuga, mas não, como afirma, uma fuga da realidade ruim, mas da última ideia de resistência que essa realidade ainda deixa subsistir." 

Até quando continuaremos aceitar ser sujeitos passivos deste e de muitos outros flagelos idênticos ?