Em um mundo onde a presença e o domínio
dos meios de comunicação e informação sobre o Homem é cada vez mais marcante,
desenvolve-se uma sociedade cada vez mais alienada e dependente destes mesmos
meios. A informação transmitida em massa, principalmente através da televisão
ou da Internet, tende muitas vezes a distrair a sociedade durante o seu ‘tempo
livre’, com informações que falsamente a satisfaça, diminuindo o trabalho
mental ou sentido crítico de cada um. A sociedade é formatada e moldada com uma
informação assente na percentagem das audiências, o que leva à diminuição da consciência
de si próprio.
Atualmente é possível verificar uma adesão cada vez mais acentuada do público em geral e o acesso a qualquer tipo de ‘informação’. O acesso, muitas vezes excessivo às redes sociais e aos programas televisivos sem qualquer carácter ou interesse relevante, evidencia a separação do Homem de si próprio. O ‘domínio’ conseguido por simples dispositivos sobre o Homem fazem muitas vezes com que, em determinados espaços ou situações, este se torne ausente, mesmo estando fisicamente presente. O convívio e o contato, entre os indivíduos, perdem muitas vezes o seu caráter pessoal, pois a atenção de cada um passa a estar direcionada e alienada para com esta informação, disponibilizada pelos mais diversos dispositivos.
A sociedade torna-se por vezes um mero recetor passivo, limitado a receber aquilo que lhe é demonstrado através de um ecrã qualquer.