Nesta
época natalícia, especialmente, o caráter consumista da população emerge e
deixa-se levar pela magia das mercadorias. Estas não possuem necessariamente um
valor de uso. Simplesmente refletem o seu trabalho, isto é, o trabalhador adquire
a mercadoria pois foi para a possuir que trabalhou.
Há
muito que a mercadoria deixou de ser algo necessário e passou a ser um objeto
de adoração (malas, sapatos, brinquedos...), adquirindo um valor simbólico, uma
ilusão de que estas possuem propriedades inatas, que o consumidor compra.
Especialmente
nesta época, muitas estratégias de marketing são utilizadas para atrair a
atenção do consumidor para determinado produto. Utilizando o exemplo dos
perfumes, existem dezenas deles. Mas não serão todos iguais? O que os
diferencia? Existe este mais delicado, com mais classe, mais sedutor, mais
juvenil, mais maduro... Existem inúmeros tipos de perfumes (quem diz perfume
também diz detergente, bolachas, chocolates, brinquedos... Nos tempos que correm,
tudo o que se pode imaginar) que irão satisfazer todo o seu público alvo. É devido
a esta tamanha diversidade que se perde o valor de uso do objeto. A verdade é
que muitas vezes nem se liga ao que está dentro da embalagem, mas ao que está
por fora, aos atributos da mercadoria, como acima referido, como se esta possuísse
propriedades inatas que se encontram, neste caso, dentro de um frasco de vidro.
Assim,
é o objeto possui quem o compra, enfeitiça, leva o consumidor a adquiri-lo e
não o consumidor a selecionar o objeto como queremos acreditar.