O conceito de alienação, segundo
Karl Marx, nos Manuscritos
Económico-Filosóficos de 1844,
demonstra em parte a actividade productiva, no acto de produção. Deste modo, a essência do
trabalhador não é o trabalho mas aquilo que lhe é exterior. A sua energia torna-se negativa, não se
desenvolve com o intuito livre mas sim de modo a arruinar o seu espírito. Consequentemente o
trabalho é visto como uma obrigação, deixa de ser a satisfação de uma necessidade e passa a ser um
meio de sacrifício para satisfazer as necessidades exteriores a ele. Toda a sua vida roda à volta
do trabalho para satisfazer as necessidades exteriores e materiais enquanto se deveria focar em
satisfazer as suas necessidades interiores e espirituais. Deste modo o sujeito iria viver uma vida
mais pura e feliz consigo mesmo.
demonstra em parte a actividade productiva, no acto de produção. Deste modo, a essência do
trabalhador não é o trabalho mas aquilo que lhe é exterior. A sua energia torna-se negativa, não se
desenvolve com o intuito livre mas sim de modo a arruinar o seu espírito. Consequentemente o
trabalho é visto como uma obrigação, deixa de ser a satisfação de uma necessidade e passa a ser um
meio de sacrifício para satisfazer as necessidades exteriores a ele. Toda a sua vida roda à volta
do trabalho para satisfazer as necessidades exteriores e materiais enquanto se deveria focar em
satisfazer as suas necessidades interiores e espirituais. Deste modo o sujeito iria viver uma vida
mais pura e feliz consigo mesmo.
“Considerámos o acto de alienação da
actividade prática humana, o trabalho, segundo dois
aspectos: 1) A relação do trabalhador ao produto do trabalho como a um objecto estranho que o
domina. Tal relação é ao mesmo tempo a relação ao mundo externo sensível, aos objectos
naturais, como a um mundo estranho e hostil;”
aspectos: 1) A relação do trabalhador ao produto do trabalho como a um objecto estranho que o
domina. Tal relação é ao mesmo tempo a relação ao mundo externo sensível, aos objectos
naturais, como a um mundo estranho e hostil;”
Heidemarie Schwermer vivia
confortavelmente. Tinha dois carros estacionados à porta, um
emprego enquanto professora, outro como psicóloga. Dois filhos criados, a vida perfeita para muitos.
Mas não para esta alemã: concluiu que “vivia dominada pelo ter e não pelo ser”. E renunciou a
tudo. Aos 53 anos, vendeu os carros, o apartamento e encerrou as suas contas bancárias.
O dinheiro foi distribuído pelos filhos e por aqueles que considerou necessitados. Deu os móveis, os
objectos pessoais e as roupas aos amigos e aos vizinhos. Desfez-se dos seus bens materiais.
Em 17 anos de vida sem casa, sem emprego, sem dinheiro, não teve o que comer durante um
dia e meio e dormiu algumas noites no Centro Cultural Wissenschaftsladen de Dortmund, que
nunca lhe fechou as portas. A experiência tem, em suma, corrido bem, sustentada pela filosofia
de “troca por troca”. Heidemarie troca roupas, noites, refeições em casa de amigos por serviços
como tomar conta dos filhos, cozinhar ou passear os cães. Ou, simplesmente, usufrui da
generosidade alheia. O modo de vida é admirado pelos filhos, amigos e pelos que questionam a
economia actual, mas ao mesmo tempo criticada por aqueles que consideram a sua escolha
“conveniente”.
emprego enquanto professora, outro como psicóloga. Dois filhos criados, a vida perfeita para muitos.
Mas não para esta alemã: concluiu que “vivia dominada pelo ter e não pelo ser”. E renunciou a
tudo. Aos 53 anos, vendeu os carros, o apartamento e encerrou as suas contas bancárias.
O dinheiro foi distribuído pelos filhos e por aqueles que considerou necessitados. Deu os móveis, os
objectos pessoais e as roupas aos amigos e aos vizinhos. Desfez-se dos seus bens materiais.
Em 17 anos de vida sem casa, sem emprego, sem dinheiro, não teve o que comer durante um
dia e meio e dormiu algumas noites no Centro Cultural Wissenschaftsladen de Dortmund, que
nunca lhe fechou as portas. A experiência tem, em suma, corrido bem, sustentada pela filosofia
de “troca por troca”. Heidemarie troca roupas, noites, refeições em casa de amigos por serviços
como tomar conta dos filhos, cozinhar ou passear os cães. Ou, simplesmente, usufrui da
generosidade alheia. O modo de vida é admirado pelos filhos, amigos e pelos que questionam a
economia actual, mas ao mesmo tempo criticada por aqueles que consideram a sua escolha
“conveniente”.
O modo de vida escolhido por
Heidemarie, foge a toda a ideia de materialismo incutida na nossa
sociedade. Enquanto que uns trabalham para satisfazer as suas necessidades fúteis, a alemã realiza
tarefas em troca de satisfazer as suas necessidades mais báscias, dormir, comer e beber.
sociedade. Enquanto que uns trabalham para satisfazer as suas necessidades fúteis, a alemã realiza
tarefas em troca de satisfazer as suas necessidades mais báscias, dormir, comer e beber.