segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Comercialização de símbolos afetivos

Numa sociedade moderna, a carga massiva das indústrias exerce sobre nós notável influência no nosso entender geral e na nossa percepção de como as coisas são e devem ser.
Partindo dos princípios marxistas referentes ao fetichismo, mesmo a mais significante e genuína expressão dos nossos valores é literalmente usada como pretexto na comercialização de "símbolos" posteriormente associados a um cunho romântico. Por exemplo, à custa disso disponibiliza-mo-nos a comprar um bouquet de flores para oferecermos a um ente amado. Isto aos nossos olhos inocentemente resume-se a um simples gesto amável, que demonstra afecto e carinho por quem o recebe. Substancialmente essas flores não são mais que sistemas reprodutores de  plantas mas ao consolidarmos o termo que o define com o seu impacto visual associamos-lhe um valor simbólico ou intrínseco.
O mesmo não se pode dizer acerca de um sentimento uma vez que este é abstrato mas podemos associá-lo a um leque de conceitos materiais e existenciais que se estendem por diferentes classes num campo lexical a partir do termo central que o define.

AMOR: rosas, pétalas, coração, bombons, cor-de-rosa, vermelho, etc